No passado fim-de-semana de 23 a 25 de Fevereiro, a convite dos meus amigos do Museu do Caramulo, dirigi-me munido da habitual parafernália fotográfica à Cordoaria Nacional em Lisboa, contratado para fotografar uma exposição. Mas qual? Por um lado, era possível adquirir um bilhete que dava o privilégio de visitar um edifício de arquitetura industrial do séc. XVIII mandado erguer em 1771 por Marquês de Pombal. Onde ao longo do séculos, entre outros usos, foram fabricados cabos, cordas e velas destinados à Marinha Portuguesa, e onde em 1910 se teceram os primeiros exemplares da bandeira nacional portuguesa. Por outro lado, no mesmo espaço mas noutra exposição, celebrava-se a história de mobilidade terrestre na forma de vários automóveis e automobilia histórica, na mais recente iteração do Salão Motor Clássico. Celebrando em 2024 os seus 20 anos de existência, este é provavelmente o único salão da especialidade em Portugal onde o recinto alberga tanta ou mais história do que os conteúdos expostos. E isso não é mau.